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Compositor. Cantor.
Nasceu na Estrada do Portela, no bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro.
Ficou órfão ao cinco anos.
Começou a trabalhar como tipógrafo aos 13 anos.
O apelido Alvaiade lhe foi dado por companheiros de futebol, atividade a que esteve ligado durante muito tempo, inclusive jogando pelo time da Portela.
Atuou também na Associação Atlética Portuguesa.
Um dos fundadores da UBC (União Brasileira de Compositores), tocava diversos instrumentos de percussão e cavaquinho.
Em 1928, Paulo da Portela o convidou a integrar a Escola de Samba Vai Como Pode, que mais tarde se chamaria Portela. Integrou a Ala de Compositores da Portela.
Desempenhava na escola de samba da Portela diversas funções, inclusive administrativas.
Faleceu em 1981, sendo enterrado no Cemitério de Irajá.
Em 1926 compôs seu primeiro choro, "O que vier eu traço", em parceria com Zé Maria, gravado posteriormente por Ademilde Fonseca. Naquela época, revelou suas qualidades de sambista e de orador habilidoso, sendo designado, na ausência de Paulo da Portela, a receber os convidados ilustres ou a representar a escola nas visitas a outros redutos.
Inicialmente, apresentava-se acompanhando outros compositores, tocando cavaquinho de centro. Mais tarde, passou a compor para a escola.
Em 1942, em parceria com Bibi, seu samba-enredo "A vida do samba" classificou a escola em 1º lugar. No ano seguinte, em parceria com Nílson, compôs o samba-enredo "Brasil, terra da liberdade", com o qual a Portela venceu o desfile daquele ano.
No ano de 1947, outra vez a Portela foi campeã com um samba de sua autoria, "Honra ao mérito" (c/ Ventura).
Participou de vários espetáculos no teatro Opinião do Rio de Janeiro na década de 1960, sempre tocando cavaquinho e cantando suas composições.
Foi o responsável pelo lançamento de diversos compositores, entre eles Manacéia, Walter Rosa, Candeia e Chico Santana.
Entre suas músicas mais conhecidas, destacam-se "Marinheiro de primeira viagem", lançada pela dupla Zé e Zilda, e gravada também por Jorge Veiga em 1961, "Embrulho que eu carrego" e "Banco de réu", as duas em parceria com Djalma Mafra.
Compôs com Chico Santana "Vida fidalga", samba incluído no LP da "Portela, passado de glória", de 1970.
Em 1981, Cristina Buarque o homenageou ao incluir em seu LP "Cristina", pela Ariola, a música "Vida de rainha" (c/ Monarco), gravada com a Velha-Guarda da Portela.
No ano de 1986, Katsunori Tanaka produziu para o mercado japonês o LP "Doce recordação - Velha-Guarda da Portela", disco no qual foi incluída de sua autoria a composição "Para o bem do nosso bem".
Em 2000 o disco "Doce recordação" foi relançado para o mercado brasiliero pela gravadora Nikita Music.
No ano de 2002 foi lançado o livro "Velhas Histórias, memórias futuras" (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.
Entre suas intérpretes está Baby Consuelo, que regravou "O que vier eu taço" (c/ Zé Maria) fazendo sucesso no ano de 1981.
A vida do samba (c/ Bibi)
Baleiro
Banco de réu (c/ Djalma Mafra)
Brasil, terra da liberdade (c/ Nílson)
Deus me ajude (c/ Estandilau Silva e Humberto de Carvalho)
É mato (c/ Wilson Batista e Ary Monteriro)
Embrulho que eu carrego (c/ Djalma Mafra)
Eu chorei (c/ Alcides Loque)
Honra ao mérito (c/ Ventura)
Marinheiro de primeira viagem
O que vier eu traço (c/ Zé Maria)
Para o bem do nosso bem
Vida de rainha (c/ Monarco)
Vida fidalga (c/ Chico Santana)
(1997) Portela, passado de glória • CD
(1970) Portela, passado de glória • RGE • LP